segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Call Of Juarez: The Cartel



Call of Juarez é uma série que nunca foi perfeita, mas nos tempos em que não havia Red Dead Redemption, sempre garantiu uma boa diversão para os fãs de um bom faroeste. Por algum motivo misterioso, a Techland decidiu tirar praticamente todos os elementos western deste Call of Juarez: The Cartel. Com isso, o game perdeu boa parte de seu charme, e o que sobrou é apenas mais um FPS mediano, como tantos outros que já existem por aí.
A ideia até parece interessante, pois tenta trazer um pouco do faroeste para os dias atuais: a trama acompanha três policiais que nunca se viram, mas são forçados a trabalhar juntos em uma missão especial para combater o tráfico de drogas na fronteira do México com os Estados Unidos.
O trio não poderia ser mais eclético: Kim Evans é uma ex-membro de gangue que cresceu nas ruas e virou agente do FBI. Eddie Guerra é um agente do DEA que nas horas vagas mantém um nada saudável vício em jogos de azar. Por fim temos Ben McCall, detetive da LAPD que é o descendente do famoso Ray McCall – protagonista do game original – e simboliza o único vínculo deste game com os anteriores, o que deixa este caubói meio destoante do clima urbano do game.
Apesar da premissa ser interessante, a história é bem simples e os personagens não contribuem para deixá-la mais atrativa: as atuações são medianas e os diálogos não possuem qualquer criatividade. Embora cada personagem possua sua história e suas motivações, eles simplesmente não conseguem cativar o jogador pela falta de emoção com que se entregam às situações. Não há drama, não há suspense, nem raiva, há apenas personagens robóticos soltando frases de efeito nada inspiradas.
A campanha principal divide com a dublagem esta escassez criativa: embora tenha muitas fases, todas elas são parecidas e repetitivas. Seu objetivo é quase sempre ir até algum lugar, conversar com algumas pessoas e se meter em um tiroteio. Depois que você matar todo mundo, alguns inimigos conseguirão fugir simplesmente para que haja uma perseguição sobre rodas. Detenha os traficantes motorizados e passe para uma nova fase, onde seus objetivos serão basicamente os mesmos, com uma outra situação diferente em certos pontos.
Dentre estas situações, a que mais se destaca são as perseguições de carro, mas mesmo elas são reaproveitadas tantas vezes durante o game que se tornam cansativas após o terceiro ou quarto passeio. Como em tantos outros shooters atuais, é possível habilitar um bullet time momentâneo para mirar com precisão. Um efeito bacana, mas nada inovador.



Fecha o pacote um modo multiplayer genérico, que traz diversos modos que a gente já viu em outros games do gênero. Definitivamente criatividade é o que faltou no desenvolvimento deste game, em praticamente todos os seus aspectos.
Call of Juarez: The Cartel é um game mediano em todos os aspectos, que fugiu de suas raízes e acabou descaracterizado, parecendo uma mistura de Kane & Lynch com Red Dead Redemption, mas sem a originalidade de nenhum deles. A campanha cooperativa até inova, mas se o que você busca é um bom game de faroeste, fique com Red Dead Redemption. Se o que você quer é um bom FPS, com certeza existem melhores exemplos no mercado.



Fontes: Arkade



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